Tendo em vista que precisava viajar no final de semana e o fato de o Arthur (que estava com 7 meses) ainda mamar no peito, tive uma grande preocupação com o que dar para ele tomar para substituir a mamada antes de dormir.
Algumas pessoas me aconselharam dar o leite Ninho, outras o leite de vaca. Mas pesquisando, observei que os pediatras desaconselham tomar tais medidas. Descobri que o leite Ninho integral (seja ele o instantâneo ou não), depois de reconstituído com água, é a mesma coisa que leite de vaca integral e este é muito prejudicial à criança menor de 1 ano.
Conversei com a pediatra que indicou o NAN COMFOR 2 (que é para criança a partir de 6 meses). Mas o Arthur não se adaptou ao gosto desse leite. Então resolvi, com o aval da pediatra, misturar o Nan com MUCILON de milho (que também só pode ser usado por crianças acima de 6 meses), para dar um gostinho a mais. Ele adorou!! Como eu iria viajar no final de semana, passei a semana inteira substituindo a mamada noturna por essa mistura (Nan + Mucilon de milho). Assim consegui viajar tranquilamente. OBS: EU NÃO UTILIZEI AÇÚCAR!!!!!
Pesquisando, na internet, os motivos de o leite de vaca ser tão prejudicial para os bebês, encontrei o texto abaixo que é muito explicativo. Vale a pena ler!!!
"Por que esperar 1 ano para dar leite de vaca ao bebê??
Não é difícil encontrar mães que são orientadas a dar leite de vaca em caixinha, ou saquinho, para seu bebê. Muitas vezes, logo nos primeiros dias de vida.
Diferentemente do que acontece no Brasil, a Academia Americana de Pediatria (APA) costuma monitorar e analisar questões nutricionais relacionadas ao uso de leite de vaca INTEGRAL para lactentes.
À partir desses estudos, a APA recomenda que crianças menores de 01 ano fiquem longe do leite de vaca integral (inclua-se aí o leite ninho).
A primeira opção deve ser sempre o Leite Materno.
Apenas na ausência da amamentação materna deve-se escolher, com ajuda profissional, uma Fórmula infantil apropriada.
Os motivos para evitar o leite de caixinha, leite UHT, leite de saquinho, enfim, o leite de vaca integral, são os seguintes:
→ O bebê não possui capacidade gástrica para digerir a proteína do leite integral.
Por isso, a recomendação de diluir em água.
Contudo, essa prática pode trazer novos problemas, como desnutrição (por diluição mal feita), e baixa oferta de gordura.
Pelo mesmo motivo, o leite desnatado é contra-indicado aqui no Brasil. Nos EUA, os pediatras recomendam quando notam obesidade á vista.
Durante a diluição, pode acontecer contaminação, expondo a criança ao risco de infecções intestinais, diarreias e consequente intolerância à lactose provocada pelo desarranjo intestinal.
→ A quantidade de proteína no leite de vaca pode prejudicar o funcionamento dos rins.
O leite de vaca possui 3 vezes mais proteínas que o leite humano. Devido a essa característica, o leite integral acidifica o pH sangüíneo.
Também sobrecarrega os rins, quando consumido diariamente.
→ Crianças alimentadas com leite de vaca integral apresentam baixa ingestão de nutrientes como ácido linoléico, zinco, ferro e vitaminas C e E.
O ácido linoléico é essencial para o desenvolvimento do Sistema Nervoso Central do bebê.
Os ácidos araquidônico (ARA) e ácido docosahexaenóico (DHA), são vitais para o desenvolvimento visual e cerebral.
Encontrados no leite materno, estão ausentes no leite de vaca.
As Fórmulas infantis, pesquisadas pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, em 2010, apresentaram quantidades de ácidos graxos bem abaixo do estabelecido obrigatoriamente para as indústrias.
→ Por outro lado, ocorre a ingestão excessiva de sódio, potássio, proteínas e cálcio.
O excesso de sódio pode acarretar em retenção de água e desidratação.
O excesso de cálcio pode prejudicar a absorção do ferro.
O excesso de proteínas do leite de vaca pode desencadear alergia ao próprio alimento.
Essa alergia pode manifestar-se através dos sintomas mais variados, que vão de tosse, problemas de pele, problemas respiratórios, vômitos que se confundem com refluxo gastroesofágico, problemas intestinais, sangue nas fezes, etc.
→ O Leite de vaca possui fatores imunológicos que não servem para os bebês humanos, funcionam apenas com os da mesma espécie.
O leite materno sim, é bem completinho.
Possui fatores de defesa, divididos em quatro grupos: antimicrobianos, anti-inflamatórios, imunomoduladores e leucócitos (neutrófilos, macrófagos e linfócitos).
Quer dizer, diminui ou afasta totalmente o risco de inflamações, infecções, alergias ou intolerâncias ao próprio leite, como acontece com o leite animal.
Segundo estudos realizados tanto no Brasil quanto nos EUA, como o da revista americana Today’s Parent, oferecer leite integral ao seu bebê pode ocasionar em sangue oculto nas fezes, devido a pequenos sangramentos intestinais. E daí para uma anemia ferropriva é um passo.
→ A fervura do leite integral destrói o ácido fólico presente no alimento.
Essa deficiência pode acarretar em anemia megaloblástica.
Como o bebê menor de 12 meses não possui ainda uma variedade muito grande de alimentos em suas refeições, a reposição do ácido fólico pode acabar comprometida.
Então, já sabe:
Na ausência do aleitamento materno, procure a fórmula infantil mais adequada, em parceria com o pediatra.
Leite integral x Farinhas
Com o leite integral diluído, para ajudar na digestão, os pediatras costumam indicar o acréscimo de farinhas industrializadas.
A questão é que praticamente todas as farinhas industrializadas, são impróprias para o consumo de bebês e crianças menores de 04 anos, devido as quantidades de sódio e açúcar que possuem.
Se o mesmo sódio, em grandes quantidades no leite de vaca, traz prejuízos, com a farinha, o risco é dobrado.
Se o motivo para a recomendação (de diluir), for a condição social da mãe, o correto é encaminhar para o serviço social da cidade em que mora, para que receba a fórmula infantil indicada, através de programas do Estado.
O “barato” que sai mais caro
O consumo de alimentos artificiais costuma desembocar na compra de outros ítens, necessários para completar a nutrição do bebê.
Como o leite de vaca carece de certos nutrientes, torna-se importante a suplementação com produtos químicos.
Da lata ou caixinha, para a compra de vitamina A, vitamina D, ferro e outros, há uma pequena distância. Aliás, não há distância alguma.
Soma-se a isso, a possibilidade do surgimento de determinadas doenças, ou mesmo reações alérgicas mascaradas pela falta de tratamento adequado.
Daí paga-se pouco pelo leite, mas muito mais para manter o engano. Sem falar no bebê sempre assaltado por algum problema que “fazemos de tudo e nenhum médico descobre o que é”.
Outro ponto é o uso de suplementos para bebês que utilizam fórmulas artificiais, e não fazem parte de determinados grupos para o uso compulsório (prematuros, etc).
Quer dizer, se as fórmulas são elaboradas para substituir o leite materno, e possuem ferro, cálcio, vitamina A, e tudo o mais, para que mais suplementação artificial??
Bem, isso é assunto para outra conversa."
Nenhum comentário:
Postar um comentário