Se houve um vencedor no tapete vermelho do Oscar 2016, ele foi Giorgio Armani. Responsável por três dos dez vestidos mais bonitos do evento deste ano, dois deles grandes estrelas da noite – o verde claro de Cate Blanchett e o azul arroxeado de Naomi Watts -, Armani saiu-se vitorioso pela elegância clássica e glamourosa com o frescor de uma releitura atual numa noite em que os grandes protagonistas foram os decotes profundos, usados por celebridades de diferentes estilos (Charlize Theron, Lady Gaga e Olivia Wilde, só para citar algumas) e os looks que não chegavam a fazer ninguém perder o fôlego.
Cate Blanchett, de Armani Privé
Veterana dos tapetes vermelhos, Cate Blanchett há anos dá banho de elegância e beleza em atrizes contemporâneas a ela e em novas estrelas de Hollywood. A atriz – e sua stylist, Elizabeth Stwart – sabe explorar bem os tons claros que imprimem frescor aos looks de festa, como o rosa bebê do Givenchy usado no Globo de Ouro e agora o verde clarinho Armani Privé desta edição do Oscar. O glamour etéreo de conto de fadas é garantido com as flores bordadas, criando textura no vestido e o deixando mais complexo. Para quem é branca como Cate e acha que os tons clarinhos dão um visual “apagado”, as produções da atriz são prova de que podem imprimir leveza, complementados com um make iluminado e corado nas maças do rosto. As joias grandes e poderosas como os brincos e o bracelete Tiffany garantem o luxo extra essencial para um look de tapete vermelho de Oscar.
Naomi Watts, de Armani Privé
Outra veterana do cinema e dos red carpets, Naomi Watts não concorria a nenhuma estatueta este ano, mas garantiu seu lugar no topo da lista das mais bem-vestidas do Oscar 2016 com o longo bem cortado que lhe caiu impecavelmente bem, num shape simples que tornou elegante e glamouroso todo o brilho e o bordado ondulado do Armani Privé marinho com nuances de roxo. Uma única joia importante no pescoço, o make clean com também um único foco de atenção na boca com batom vermelho e o cabelo levemente ondulado, polido, com um perfume retrô mas repartido de lado de maneira despretensiosa arrematou a imagem superchique que lhe cai naturalmente.
Jennifer Lawrence, de Dior
Nude com preto é uma combinação de contrastes geralmente muito feliz, que brinca com o falso efeito de uma transparência total. Jennifer Lawrence acertou nisso em sua escolha e também por ter saído de sua zona de conforto de vestidos bonitos mas sempre mais clássicos, optando por um modelo Dior com recortes que podem causar opiniões divergentes mas trazem ousadia e saem da mesmice.
Olivia Wilde, de Valentino
Cru, todo plissado, com top feito a partir de um profundo decote formado por duas faixas de tecido que abriam no ombro num bonito movimento geométrico que fazia equilíbrio com a saia ampla na medida, o vestido Valentino potencializou a beleza de Olivia Wilde e deu imponência de destaque no red carpet.
Rooney Mara, de Givenchy Couture
Transparente leitoso e rendado, com gola careca, abotoamento que remetia às camisas e recorte vazado na barriga, o longo Givenchy tinha a dose certa de glamour, exotismo e excentricidade típicos de Tisci e que também são marca registrada da atriz.
Saiorse Ronan, de Calvin Klein Collection
Minimalista e com bordados ondulados orgânicos, o vestido da Calvin Klein Collection feito por Francisco Costa especialmente para a atriz é um sucesso no quesito adequação ao tom de pele e cabelo com o tom verde esmeralda, num resultado glamouroso e chique por conta do brilho em tom frio.
Brie Larson, de Gucci
O longo azul criado por Alessandro Michele para Brie Larson reflete bem o novo estilo da Gucci, com cinto decorativo e retrô e babados verticais, criando uma releitura que traz um certo estranhamento e muito glamour numa releitura dos típicos vestidos longos de festa.
Charlize Theron, de Dior
Decote profundo, saia justa sereia, cauda, vermelho vivo. Poderia e não poderia ser JLO, já que embora faça o estilo sexy “arrasa quarteirão”, o longo Dior traz um mood cool e minimalista, que dá certo justamente porque quem o veste é uma beldade cool como Charlize Theron.
Jennifer Garner, de Atelier Versace
Preto não precisa ser básico ou sinônimo de escolha sem graça. Jennifer Garner acertou na escolha de seu Atelier Versace totalmente hollywoodiano, com tomara-que-caia clássico e mistura de tecido de alfaiataria e cetim de seda, numa alusão ao material do smoking. O jogo de opostos aparece no efeito fosco versus o brilho e na silhueta ajustada versus o volume que começa como uma manga única e vira uma grande saia de um lado só.
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